sábado, 16 de abril de 2011

Da cidade...

A globalização, as interdependências de vária ordem, a competitividade e a mudança continuada, moldam constantemente as sociedades, fazendo identificar-se por dois traços característicos fundamentais, a flexibilidade e a sua estrutura difusa. Um desafio que a globalização veio gerar prende-se com a comunicação intercultural e com o modo como os seus fluxos e sentidos são geridos e se relacionam. As cidades, projectam as suas imagens e as suas economias para o exterior difundindo características reais e simbólicas, e é esta difusão que permite o seu reconhecimento global. Um desafio que as cidades enfrentam prende-se com a sua capacidade de reterritorialização, na medida em que, a globalização trouxe consigo um processo de desterritorialização dos fluxos económicos, culturais e tecnológicos. Por isso, é através da fixação de funções sócio económicas, da promoção de uma identidade coerente, da diversidade de equipamentos, da natureza e do património, que as cidades têm capacidade para captar e suportar fluxos e conseguirem competir no contexto mundial e atrair os “outros” a “olhar” para si, uma vez que,“(…) a forma como as cidades reconstroem as suas imagens e os seus patrimónios e accionam umas e outros como recursos próprios configuram elementos decisivos de afirmação na economia e na comunicação globalizada” (Silva e Fortuna,2002:). Hoje é crucial a capacidade que cada cidade revela em atrair pessoas, bens e recursos, em trânsito transnacional e é neste sentido que as cidades vivem uma crescente necessidade de regeneração, reproduzindo, recriando a suas imagens e constituindo assim processos de transformação e identificação que as permitem (re)colocar-se no palco mundial!

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